Há uma preocupação urgente entre governos, empresas, instituições e indivíduos sobre as mudanças climáticas. Vemos discussões importantes sobre o papel de todos na jornada por um futuro mais sustentável. Nesse sentido, a compensação de CO2 já ganhou ampla adesão entre muitos setores. Agora, com o crescimento da tokenização de créditos de carbono, a expectativa é ver um interesse ainda maior no mercado.
De acordo com estudos de tendências e análises de especialistas, há muitos avanços e mudanças a caminho do mercado financeiro para todo o ano de 2024. Aprovação de novas regulamentações, aumento da receptividade do brasileiro em relação a investimentos alternativos e expectativa de redução de taxas estão entre alguns fatores que impactam nessa movimentação.
Antes que entremos no tópico de créditos de carbono, é necessário ter uma visão geral de como agências reguladoras, companhias e investidores estão encarando o avanço da digitalização no mundo dos investimentos.
A tecnologia blockchain, por exemplo, ganha cada vez mais espaço em empresas de diversos segmentos.
Podemos dizer que, nesse sentido, um dos maiores atrativos da blockchain é a segurança.
Como resultado da criptografia avançada e da descentralização, a solicitação e o registro de transações são virtualmente impossíveis de serem alteradas e/ou desfeitas. Além de fortalecer a proteção cibernética de negócios, a blockchain ajuda a proteger contra fraudes e manipulações. Um outro ponto de vantagem é a transparência adicionada às operações.
Nesse meio tempo que vemos a maior adoção da blockchain, observamos também o crescimento do mercado de tokenização de ativos.
Não podemos olhar esses eventos de forma separada, já que é através desta rede de blocos em cadeia que é possível transformar ativos reais em digitais.
A maior receptividade e confiança na tokenização de ativos também está diretamente relacionada à regulamentação definida por órgãos oficiais, como o Banco Central e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Essas instituições têm se mostrado muito a favor do mercado virtual de investimentos, além de buscarem se atualizar para atender as demandas do setor.
Transformar ativos em tokens também atrai empresas e investidores por benefícios como: rapidez nas transações, facilidade de comercialização, automatização de processos, possibilidade de fracionamento de ativos resultando em acessibilidade e democratização, além de muitos outros.
Uma vez que temos esses insights sobre o avanço tecnológico no setor de investimentos, vamos nos aprofundar em um mercado específico: o de créditos de carbono tokenizados.
Expectativas para o mercado de carbono em 2024
Algumas publicações específicas da área destacam dois progressos em relação à regulamentação e incentivo da geração de créditos de carbono:
- O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima reativou a Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD)
- A nova Lei de Concessões Florestais foi aprovada por meio de medida provisória e permite que contratos de concessões de florestas públicas tenham cláusulas que fomentem a geração de créditos de CO2
Abordagens atualizadas de certificadoras de Verified Carbon Standard (VCS), apoio de lideranças indígenas de mais de 40 países e uma demanda mais urgente de atenção na questão climática também têm sido grandes impulsionadores do mercado do carbono.
Em síntese, a compensação de CO2 e os créditos de carbono estão cada vez mais ganhando espaço na economia.
Por que as empresas investem em créditos de carbono tokenizados?
O que é um crédito de carbono tokenizado?
Um crédito de carbono tokenizado está associado a um determinado projeto de redução ou remoção de emissões dos gases do efeito estufa.
Cada token é uma representação digital de uma quantidade pré-definida* de emissões evitadas/removidas da atmosfera que foi verificada, validada e certificada como um crédito único, insubstituível.
*Esse volume de CO2 compensado pode variar de acordo com o projeto e as instituições envolvidas. No projeto Klabona, um BioCarbon Token equivale a um crédito de carbono, ou seja, uma tonelada de emissões compensadas.
Além do interesse de cidadãos e governos, há também uma busca das empresas por fortalecer seus compromissos para colocar os princípios ESG em prática.
Nos últimos anos, temos visto, em todos os setores e a nível global, um interesse maior das companhias em sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
Iniciativas de Net Zero e de Neutralidade de Carbono têm sido largamente procuradas, especialmente com o maior respaldo jurídico das regulamentações de compensação de CO2 (mencionadas anteriormente) e com a inovação dos créditos de carbono tokenizados.
Vamos nos aprofundar mais nesse assunto a seguir.
Em 2021, o mercado de créditos de CO2 tokenizados movimentou cerca de US$2 bilhões. Segundo a consultoria McKinsey, esse valor deve chegar a US$50 bilhões em 2030.
De forma geral, atividades industriais, energéticas e agrícolas estão entre as grandes emissoras dos gases do efeito estufa (GEE). Essas emissões acabam sendo intrínsecas a estas operações, tanto pelo seu tamanho quanto pela sua importância econômica em todo o mundo.
A fim de facilitar e incentivar a redução na emissão dos GEEs, surgiram os créditos de carbono e a possibilidade de comercialização desses ativos. Desde os mecanismos iniciais até os dias atuais, é claro, muitas mudanças e atualizações foram implementadas. No entanto, um certo nível de complexidade nessas operações se manteve.
Bem como falamos mais acima, a demanda por esses créditos tem aumentado cada vez mais. Como resultado, os mais variados projetos de restauração florestal, preservação ambiental e processamento de resíduos, por exemplo, apareceram como alternativas para geração de créditos de carbono.
No entanto, essa expansão generalizada também destacou alguns pontos desafiadores desse mercado, quando falamos dos créditos de CO2 tradicionais:
- Pouca ou nenhuma visibilidade dos preços de compra e venda
- Dificuldade de verificação técnica e jurídica de alguns projetos
- Receio de dupla contagem de créditos
Atualmente, a combinação da tokenização de ativos através da blockchain e os créditos de carbono está sendo apontada como a nova tendência facilitadora do mercado voluntário de CO2.
Os créditos de carbono tokenizados são melhores que os créditos de carbono tradicionais?
Apesar de não ter dominado completamente o mercado, a tokenização de créditos de carbono representa um grande avanço para sua confiabilidade e comercialização.
No formato tradicional de negociação de créditos de CO2, os registros manuais tornam as operações mais complexas, custosas e lentas, além de dificultarem o processo de certificação da validade daqueles créditos.
Sem uma verificação segura, tanto empresas que buscam compensar suas emissões quanto projetos sustentáveis, além de investidores, podem sair no prejuízo.
Em contrapartida, a tokenização de créditos de CO2 tem vantagens como:
- Transparência sobre qual projeto especificamente gerou o crédito
- Registro seguro, validado e rastreável
- Garantia que não há duplicidade
- Comercialização facilitada pelos smart contracts (contratos de execução automática)
- Redução de custos operacionais com, por exemplo, automações
- Democratização do acesso ao mercado pela possibilidade de fracionamento do crédito
Então, sim! Em virtude desses diferenciais, podemos dizer que os créditos de carbono tokenizados são mais atrativos para todas as partes envolvidas.
É seguro comprar crédito de carbono via tokens digitais?
Assim como acontece com diversos ativos alternativos, por serem uma inovação em um cenário que até recentemente era muito tradicional, algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a segurança dos créditos tokenizados.
No entanto, na medida que a compreensão sobre a tokenização e seus mecanismos se ampliam, mais esses questionamentos ficam no passado.
Atualmente, o registro digital de tokens através da blockchain é uma das formas de transação mais seguras e rastreáveis.
No token virtual do crédito de carbono, é possível codificar dados como número de série, especificações do projeto que o gerou, propriedade, certificação e o que mais for considerado relevante para os desenvolvedores do empreendimento.
Além da governança e transparência decorrentes dos registros na blockchain, a segurança dos créditos de carbono tokenizados tem uma segunda camada de veracidade com a validação por instituições certificadoras oficializadas.
A fim de que essa validação tenha sucesso, é indispensável que os envolvidos no desenvolvimento do projeto tenham passado por auditoria e estejam habilitados para a geração de créditos certificados.
Na hora de buscar créditos de compensação, avaliar os projetos e seus responsáveis é fundamental.
O que são BioCarbon Tokens?
O BioCarbon Token é um crédito de CO2 tokenizado, respaldado por Créditos de Descarbonização (CBIOs) e idealizado pelo Projeto Klabona.
A ideia dos BioCarbon Tokens é transformar cada crédito de carbono em uma experiência individual e valiosa.
A plataforma do projeto oferece um modelo especial que permite que você veja exatamente onde e como sua participação está impactando o meio ambiente. Ao aposentar seu crédito de carbono, você recebe um NFT colecionável que contém, em seu contrato, o certificado de compensação de emissão.
Projeto Klabona
O Klabona é uma iniciativa conjunta da Kla Invest e da Carbona em prol de uma economia mais sustentável com a participação ativa de indivíduos, empresas e instituições.
Além de ter sua plataforma integrada ao ciclo de vida dos CBIOs no ambiente de negociação da B3, o projeto também tem conexão direta com o RenovaBio, o mercado brasileiro regulado de créditos de carbono.
Com os BioCarbon Tokens, você e o Klabona impulsionam iniciativas de extrema relevância para compensar a emissão de CO2 e criar um futuro com mais sustentabilidade.
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